“Entidades explicam que medida impediria a imunização de todos os profissionais”

A Associação Paulista de Cirurgiões Dentistas (APCD) – Regional de Mogi de Mogi das Cruzes e o Conselho Regional de Odontologia do Estado de São Paulo (CROSP) enviaram para a Prefeitura de Mogi das Cruzes um ofício solicitando a não obrigatoriedade da apresentação do Cadastro Nacional de Estabelecimento de Saúde (CNES) no momento da vacinação dos profissionais, que acontecerá nos dias 6 e 7 de fevereiro, no Pró-Hiper, no Mogilar. As entidades argumentam que nem todos os profissionais possuem vínculo com o cadastro, pois ele é voltado para clínicas e unidades de saúde, e que esta exigência representa um obstáculo para a vacinação.

Para garantir que todos os profissionais de odontologia que morem ou trabalhem na cidade sejam atendidos pela imunização e auxiliar a administração municipal neste processo, as entidades se comprometeram a divulgar para o município a lista de todos que tenham endereço residencial ou comercial em Mogi. As instituições também se colocaram à disposição para informar os trabalhadores sobre a campanha que acontecerá em esquema de drive-thru.

Atualmente, 1.756 profissionais de odontologia atuam na cidade, nos quais, 1.447 cirurgiões dentistas, 83 técnicos em prótese dentária, 39 técnicos em saúde bucal, além de 169 auxiliares de saúde bucal e 18 auxiliares de prótese dentária.

A vacinação deste fim de semana acontecerá em etapas. No sábado, receberão as doses, os profissionais com idade acima de 60 anos, o que representa 156 trabalhadores da cidade registrados no CROSP. Já no domingo, será a vez das pessoas com idade entre 18 e 59 anos. A vacinação começará a partir das 9 horas e terminará às 16 horas. Para receber a vacinação é necessário apresentar o documento profissional comprobatório, CPF, RG e até o momento, o CNES com endereço de Mogi.

“Estamos tentando derrubar essa exigência do CNES porque ela não é a melhor forma de comprovar o vínculo do profissional com a cidade. Entendemos que há escassez de vacina e é preciso um controle, mas a APCD e o CROSP possuem outras alternativas para assegurar que isso seja feito de forma eficaz”, argumenta o presidente da APCD-RMC, Paulo Henrique Marques Oliveira.